Teutônia PRO 2022 | 17-20 Novembro

Marcelo Santos é reeleito na Confederação Brasileira de Skate

por Sidney Arakaki


No começo do mês de abril o londrinense Marcelo Santos foi reeleito presidente da Confederação Brasileira de Skate, a entidade máxima do skate no país. Numa entrevista exclusiva à ESPN Brasil, Santos faz um balanço do primeiro mandato e comenta sobre as metas prioritárias à serem cumpridas até 2015.


Qual o balanço você faz do primeiro mandato?

Nossa primeira gestão foi, principalmente, de estruturação da entidade, em todos os aspectos. Na questão física, que até início de 2010 a CBSk não possuía um escritório com equipamentos como computadores, impressoras, telefone, mesas, etc; um local para receber as pessoas, para realizar reuniões, para nos dedicarmos à administração da entidade e para desenvolvermos os projetos. Tínhamos muita dificuldade com isso antes. Na estruturação do esporte também, conseguimos mudar várias coisas.

Conseguimos integrar mais a CBSk com as diversas modalidades do Skate. Atualmente a CBSk possui comitês e conselhos de skatistas participando das decisões importantes em todas as modalidades. A CBSk possui ranking brasileiro em todas as principais modalidades e categorias (street, vertical, banks, slalom, speed, slide, freestyle e longboard). Por mais que algumas modalidades tenham poucas etapas, eventos de menor proporção, de menor repercussão, hoje, todas as modalidades possuem ranking brasileiro. Muita gente enxerga o Skate apenas como street e vertical e esquecem estas outras modalidades.

A questão da comunicação também. Apesar de acharmos que ainda falta muito, conseguimos melhorar bastante a comunicação com os skatistas, com os formadores de opinião, com a mídia e o mercado em geral. Quando começamos, tinha uma expectativa de conseguir realizar muito mais do que a gente fez até agora. O próprio escritório é um bom exemplo disso. Imaginávamos que em menos de um ano teríamos um escritório, mas levamos três anos para conseguir.

A maior dificuldade é a questão financeira. Acho que é muito legal poder esclarecer isto, porque diferente do que muita gente pensa, as confederações de esportes não olímpicos, como é o caso da CBSk, não recebem verbas governamentais mensalmente garantidas para administração da entidade e do esporte, como acontece nas modalidades olímpicas e paraolímpicas, que recebem dinheiro de loteria, patrocínios das empresas estatais, e outros recursos que recebem do Ministério do Esporte.

"A maior dificuldade é a questão financeira. Acho que é muito legal poder esclarecer isto(…) confederações de esportes não olímpicos, como é o caso da CBSk, não recebem verbas governamentais "


--Marcelo Santos, presidente da CBSK

Em alguns casos recebemos dinheiro público para realização de um determinado projeto especificamente, e de maneira alguma, por determinação de Lei, estas verbas podem ser usadas para despesas administrativas da entidade, como aluguel, telefone, internet, contador, enfim, todas as despesas que a gente tem mensalmente.

Apesar das dificuldades, da expectativa e da ânsia por realizar mais, acho que o balanço é positivo. Haja vista que quando nos candidatamos pela primeira vez, em 2007, ninguém apareceu para concorrer e agora nesta eleição de 2011, apesar de não ter sido registrada uma chapa de oposição, nos bastidores muitas pessoas tentaram articular a candidatura de uma chapa de oposição, o que acho muito saudável, e mostra como a CBSk começa a chamar a atenção como uma entidade que pode dar certo e começa a despertar o interesse de outras pessoas.


Veja entrevista na íntegra: Clique aqui

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