Teutônia PRO 2022 | 17-20 Novembro

Carrinhos de Rolimãs X Street Sled

Por diversas vezes temos deparados com comentários neste Blog e no Facebook a respeito da segurança no modo de andar com os carrinhos de Street Sled (deitado), se comparando com o dos Carrinhos de Rolimãs tradicionais ou seja, andar sentado.

Alguns dizem que andar deitado no Street Sled é loucura e em caso de batida a cabeça será o alvo principal, enquanto no Carrinho de Rolimãs serão os pés e portanto menos perigoso. Eu (Clezio Soares da Fonseca), tenho mais de 40 anos de experiência nessa modalidade de esporte, comecei com os Rolimãs e hoje em dia tenho o meu Street Sled, a passagem de um para o outro é uma evolução natural e necessária para quem busca mais emoção em esporte de gravidade como são esses carrinhos, a busca por velocidade é óbvia e quanto mais melhor. Os carrinhos de rolimãs tem a facilidade de serem feitos com custos bem reduzidos e de modo simples também, exigem certa habilidade em controlar suas derrapagens no asfalto que são frequentes e divertidas, porém se analisarmos bem, podemos dizer que são muito mais perigosas que no Street Sled.

Vamos a alguns exemplos: Se por ventura acontecer de bater de frente numa guia devido ao fato da derrapagem não ser tão bem controlada porque as rolimãs escorregam muito, poderá haver a fratura do tornozelo ou ser arremessado para frente (lembre-se que o piloto está sentado) e podendo bater a cabeça na guia, já que quem brinca com esse tipo de carrinho não tem a preocupação de usar capacete. Em outra hipótese, numa derrapagem lateral poderá acontecer um capotamento, e aí eu pergunto: Qual a reação instintiva do piloto nessa situação?

Resposta: Segurar com as duas mãos na tábua do carrinho para não cair --- Isso é outro perigo, porque o fato de estar segurando não vai impedir o tombo num capotamento e a cabeça será como um pêndulo lançado de encontro ao chão como uma melancia que estatela. Esses exemplos mostram que por estar sentado num carrinho e geralmente se está sobre o eixo traseiro, a força centrífuga lançará o corpo como se fosse o pêndulo, pois não há um centro de gravidade baixo e estável, pelo contrário será alto e instável.Veja as fotos abaixo de comparação do carrinho de rolimãs com um caminhão betoneira carregado de concreto que não consegue fazer uma curva de 90º a mais de 30 km/h, porque ele tomba.



 



Agora os carrinhos de Street Sled, como disse antes, é uma evolução e como tudo que melhora é preciso aperfeiçoamento, temos que falar no seu principal item que são as rodinhas. No começo foi usado rodas de skates que chamávamos de sabão, escorregavam e não duravam nada, mas não faziam tanto barulho como as rolimãs para alívio dos vizinhos incomodados com as zueiras nas ruas pelas molecadas com seus bólidos.
As rodinhas foram melhorando com o uso de Poliuretano, que duravam mais e tinham mais aderências dando mais dirigibilidade e consequentemente mais velocidade também. Além das rodinhas, o que realmente faz correr mais são os rolamentos, sim rolamentos que houve também uma evolução, passando das "bilhas" aos atuais rolamentos CERÂMICOS.

Para tanta velocidade é preciso mais aerodinâmica, foi assim que se achou a posição DEITADA como a melhor forma possível para correr mais e controlar melhor o carrinho, pois o centro de gravidade seria baixo e o peso do corpo do piloto seria distribuído por todo o carrinho, melhorando a estabilidade e com isso era necessário ter segurança também: passou-se a usar capacete fechado com viseira para proteger os olhos das pedrinhas que provavelmente os carrinhos da frente lançam de suas rodas e também proteger a cabeça em caso de batida, não só de frente quanto às das quedas laterais onde o corpo sai rolando pelo chão, e por falar em rolar pelo chão, é necessário o uso de cotoveleiras e joelheiras.

Fazendo outra comparação com os caminhões, o Street Sled seria como um caminhão carregado com sua carga distribuída por toda a carroceria e portanto seria bem mais fácil de se dirigir e correr menos riscos de capotamento em curvas, onde se andaria mais rápido que os caminhões betoneiras. Vejam as fotos abaixo:



Com essa apresentação, gostaria de esclarecer, que eu em particular, não quero criticar quem defende sua opinião a respeito de qual modalidade é a mais perigosa, pois ambas apresentam altos índices de periculosidades se não forem respeitadas as normas de segurança, quis mostrar que as vezes uma simples brincadeira sem os devidos cuidados pode se tornar muito perigoso, isso vale até para quem pratica pensando nos riscos mas que de uma forma ou de outra acaba negligenciando um item em nome da simples emoção. DIVERSÃO É PARA TRAZER FELICIDADE E NÃO TRISTEZA.

   texto de Clezio Soares da Fonseca

Comentários

  1. Parabéns Clezio pelo seu texto ímpar, sou praticante de sled , e vejo comparações grotescas , e vejo com outros olhos tb , na época q o rolema realmente vinha com força total não tínhamos como registrar os acidentes, e hj é automático então sled fica como malvado rsrs. , mas amei seu texto , e lembrando q toda brincadeira ou esporte tem regras são essas tb que fazem tudo sair perfeito , existem.acidentes e incidentes falta de comunicação mas aí já é outra página, sled não é diversão pra mim é paixão.

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