Teutônia PRO 2022 | 17-20 Novembro

Brasil na Copa do Mundo de Luge Natural

Rafael à esquerda e Flávio à direita.

O Brasil terá, pelo segundo ano consecutivo, representantes na Copa do Mundo de Luge Natural, que nesse ano ocorre entre os dias 11 e 14 de Dezembro em Kuhtai, na Áustria. Rafael Manfrinato e Flávio Macedo estão se adaptando ao gelo e treinando para representar o país na primeira etapa do torneio. Rafael estreia na competição e Flávio, que terminou na 23ª posição da primeira etapa Copa do Mundo disputada ainda em 2013, visa melhorar sua colocação neste ano.

Os atletas que começaram no Street Luge, versão do esporte para países que não possuem clima frio, vão estar competindo com atletas de países como Áustria, Itália, Alemanha, Rússia, Estados Unidos, Nova Zelândia e Romênia. Sobre a preparação para o torneio, Rafael contou que ambos estão se preparando há mais de seis meses para o mundial. “Meu principal objetivo é poder aprender. Temos a vantagem este ano que estamos nos preparando há mais de 6 meses, pois temos o mesmo trenó utilizado na neve, porém com adaptação de rodas. A grande dificuldade creio que seja a mudança de asfalto para neve e o frio que será intenso” comentou Rafael.






Apesar de não ser modalidade Olímpica, o Luge Natural é um dos mais tradicionais esportes de inverno, e suas competições, assim como as de Luge artificial, são organizadas pela Federação Internacional de Luge (FIL). As pistas do Luge Natural não podem ser refrigeradas artificialmente, e as curvas também devem ser naturais. A diferença nos trenós está em uma rédea fixa na ponta das pernas do trenó para poder fazer curvas de 180 graus,além da velocidade que chega a 80 km/h, enquanto no Luge artificial velocidades acima de 140km/h são facilmente alcançadas.

Os atletas vão ao mundial em uma parceria da CBDG com a FIL, que deram todo o suporte para a participação de ambos na competição. Rafael e Flávio participam dos treinos oficiais nesta sexta-feira (12) e competem pela classificação às finais no sábado (13).

Confira a entrevista completa com o atleta Rafael Manfrinato:

Como começou a praticar o Luge?

Sou praticante e atleta do Street Luge (Luge de rua) há mais de 10 anos. Comecei no esporte descendo ladeiras deitado em meu skate até conhecer o pioneiro do esporte no Brasil, Gilberto Cossia (Giba) que me passou as coordenadas de como montar um Street Luge verdadeiro, e por fim consegui meu primeiro Street Luge em 2004. Hoje, já participei de muitos campeonatos e etapas de mundiais ocorridas aqui mesmo no Brasil, e mais recentemente conquistei o 2º lugar na etapa do Brasileiro de Street Luge realizada em Aguas de Lindoia - SP, no morro das 7 Curvas. Tenho também como recorde pessoal a velocidade de 134.2km/h alcançada em Vinhedo - SP recentemente.


O que te atraiu no Luge Natural?

A princípio quem trouxe esta novidade foi meu amigo e parceiro de competição Flávio Macedo. Ele veio da temporada passada da Europa onde participou das etapas dos mundiais e trouxe o trenó de lá para treinar. Logo de cara me interessei pois vi que o Natural Luge exige muita técnica para pilotar. Fizemos então o contato com a FIL que possibilitou nossa ida para Europa nesta nova temporada de 2014/2015 juntamente com a CBDG. O Luge Natural é fantástico, pois exige uma grande coordenação nos movimentos e para pilota-lo é preciso estar muito confiante e atento nas curvas.


Na sua percepção, quais as principais diferenças entre o Luge Natural e o Luge Artificial?

Em questões físicas o Luge Natural é bem parecido com o Luge Artificial, porém com características diferentes, pois o Luge Natural possui uma rédea fixada na ponta das pernas do trenó para poder fazer curvas de 180 graus. Além disso ele tem um grau de dificuldade muito maior na pilotagem, exigindo o máximo do piloto em técnica. Em campeonatos, o Natural Luge não passa de 80km/h, porém no Luge Artificial as velocidades chegam facilmente a 140Km/h.


Quais seus objetivos na Copa do Mundo em dezembro? Como foi a sua preparação para as competições?

Meu principal objetivo é poder aprender e absorver o máximo possível da técnica dos outros atletas. Nossa vantagem este ano é que estamos nos preparando há mais de 6 meses, pois temos o mesmo trenó utilizado na neve, porém com adaptação de rodas. A grande dificuldade creio que seja a mudança de asfalto para neve e o frio que será intenso.

Já sabe quantos competidores também participarão das competições, o número de descidas e os regulamentos?

Aqui do Brasil serei eu e o Flavio Macedo que iremos participar, seremos o terceiro e quarto atletas a participar desta modalidade representando o Brasil. No mundial estaremos disputando com atletas de todo o mundo tais como Áustria, Itália, Alemanha, Rússia, Estados Unidos, Nova Zelândia e Romênia, entre outros países. Quanto ao regulamento estamos bem cientes do que vamos encontrar por lá e a princípio não teremos problemas quanto isso.

Fonte: CBDG - Confederação Brasileira de Desportos no Gelo

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